PMCG retira 100 kg de lixo de manancial

     Todos os dias profissionais da limpeza pública de Campina Grande retiram dezenas de quilos de lixo das águas do Açude Velho, um dos cartões-postais mais conhecidos e fotografados da cidade. Com auxílio de uma canoa e de coletores, tanto pela manhã quanto à tarde, os profissionais retiram os indícios vistos a olho nu de uma realidade que preocupa muitos campinenses: a poluição do açude. São aproximadamente 100 quilos de entulhos retirados diariamente.

      O funcionário da limpeza Antônio Alves dos Santos diz que a quantidade de lixo despejado dentro do manancial muitas vezes não cabe dentro da canoa que ele utiliza para recolhê-lo. “Tem dia que navegando sobre o açude encho a canoa com 50 quilos de lixo sem precisar procurar muito. Depois realizo o mesmo trajeto para recolher o material que sobrou e  novamente coloco na canoa. Tem dias que chego a fazer quatro viagens. Quem vê de longe pensa que o problema foi resolvido. Mas é só chegar no outro dia pra ver que a cena se repete”, disse o funcionário.

   Ainda conforme o agente de limpeza, todo tipo de material é possível ser encontrado durante as coletas. “Tem dia que a gente tira até cachorro morto”, conta. Ontem pela manhã, em mais uma ação de limpeza, a maioria do material retirado era  composto por coco, copos descartáveis, sacos plásticos, pneus e sapatos velhos. “Quando chove, é que o problema se agrava ainda mais e vem lixo de toda qualidade”, conta Antônio Alves.

      Segundo o coordenador de Limpeza Urbana da Prefeitura de Campina Grande, Jomeres Tavares, não existe nenhuma estatística oficial sobre a quantidade de lixo retirado do manancial, mas esse é um problema que tem sido encarado com preocupação.

      “Nós sabemos que o Açude Velho é diariamente atingido pelo lixo jogado pelas pessoas que passam pelo seu redor e também pelo material levado pelos canais, por isso mantemos equipes diariamente realizando a limpeza do local”, assegurou Jomeres. Ela ainda afirmou que vai providenciar um estudo estatístico para medir com precisão o problema.

Fonte: Jornal da Paraíba
01.04.2010