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Cotidiano
Edição de quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Mais de 50 Kg de lixo jogados no Açude Velho
Quantidade é depositada no reservatório diariamente. Peixes não sobrevivem com a poluição
Isabela Alencar //isabelaalencar.pb@dabr.com.br
Isabela Alencar //isabelaalencar.pb@dabr.com.br
O Açude Velho, cartão postal de Campina Grande, a cada dia está mais poluído. Cerca de 40% da água do reservatório vem de esgotos da cidade. Segundo o ambientalista e presidente da Associação de Proteção do Meio Ambiente (Apam), Roberto Almeida, todos os dias são jogados uma média de 50 quilos de lixo no local, contribuindo para a poluição do açude e morte dos peixes que ainda vivem nas águas do Açude Velho. Com o tempo quente e a maior reprodução dos peixes, muitos destes animais morrem e entram em decomposição, provocando um odor muito forte que incomoda quem costuma andar pelo local. O ambientalista informou que atendendo aos apelos da população, a associação resolveu interceder junto ao Ministério Público, através do envio de um relatório ontem à tarde, para despertar a atenção dos poderes públicos, principal responsável pela limpeza do açude.
Apesar dos entulhos, moradores insistem em pescar nas águas do local Foto:Junot Lacet/DB/D.A Press |
De acordo com ele, a falta de educação por parte da população só agrava ainda mais o problema. "É preciso criar um projeto de conscientização e que possa atingir de fato a população. Ela é a principal beneficiária da beleza do Açude Velho, que há anos vem sendo considerado um dos pontos mais importantes da cidade. Se a poluição continuar, o futuro já está previsto e com certeza o que temos hoje vai se tornar apenas uma lembrança", disse ele. O ambientalista explicou que o açude foi criado para armazenar as águas pluviais e mesmo com alguns projetos que garantiram a redução do escoamento dos esgotos no local, o problema não foi completamente sanado.
"O problema já foi maior, mas mesmo com o passar dos anos, cerca de 30% a 40% do esgoto ainda jorra no local, fazendo com que a fauna também seja alvo fácil da poluição. É possível verificar, seja que dia for, um grande número de sacolas com lixo flutuando no açude. Isso é resquício da falta de consciência de parte da população, que presenteia o açude com cerca de 50 kg de lixo por dia", lamentou Almeida.
"O problema já foi maior, mas mesmo com o passar dos anos, cerca de 30% a 40% do esgoto ainda jorra no local, fazendo com que a fauna também seja alvo fácil da poluição. É possível verificar, seja que dia for, um grande número de sacolas com lixo flutuando no açude. Isso é resquício da falta de consciência de parte da população, que presenteia o açude com cerca de 50 kg de lixo por dia", lamentou Almeida.
De acordo com a coordenadora do Meio Ambiente da Prefeitura Municipal, Alana Carvalho, muita coisa já foi feita na tentativa de chamar a atenção da população, mas foram poucos os resultados positivos. "Este ainda é um grande problema que temos que enfrentar e que só pode ser feito com a ajuda da população", frisou.
Odor
O mal cheiro, provocado pela deterioração dos peixes mortos, está incomodando muitas pessoas, como o autônomo José de Sousa, 35, que desistiu das caminhadas diárias porque não suporta o odor. "Alguém tem que tomar alguma providência", disse indignado.
"Nessa época mais quente a reprodução aumenta e o oxigênio não é suficiente para todos. É necessário que se faça uma limpeza dos peixes mortos pelo menos duas vezes ao dia, só assim para tentar diminuir o forte odor", disse. Esse problema foi levado a Curadoria do Meio Ambiente pelo próprio ambientalista, ontem à tarde. "O meu intuito é que o MP tome providências e chame a atenção dos poderes públicos", informou.
O mal cheiro, provocado pela deterioração dos peixes mortos, está incomodando muitas pessoas, como o autônomo José de Sousa, 35, que desistiu das caminhadas diárias porque não suporta o odor. "Alguém tem que tomar alguma providência", disse indignado.
"Nessa época mais quente a reprodução aumenta e o oxigênio não é suficiente para todos. É necessário que se faça uma limpeza dos peixes mortos pelo menos duas vezes ao dia, só assim para tentar diminuir o forte odor", disse. Esse problema foi levado a Curadoria do Meio Ambiente pelo próprio ambientalista, ontem à tarde. "O meu intuito é que o MP tome providências e chame a atenção dos poderes públicos", informou.